22 de fevereiro de 2011

Curiosidades parte II

Quando o bebê está sentado


Meu bebê está sentado. Por quê? 

Se é o seu primeiro filho, é provável que ele ainda vire de cabeça para baixo, a posição ideal para o parto, mais ou menos por volta do oitavo mês. Na hora de nascer, cerca de 96 por cento dos bebês está nessa posição, chamada oficialmente de "apresentação cefálica". Os outros, porém, permanecem sentados até o fim, em "apresentação pélvica". Um estudo especulou recentemente que a tendência de ficar sentado no útero possa ser hereditária. 

E se o bebê continuar sentado até a hora do parto? 

Existe uma manobra não-invasiva que se chama "versão cefálica externa", feita depois de 38 semanas de gravidez, no hospital, por precaução. Em outros países ela é realizada com certa frequência e consegue fazer com que o bebê vire em cerca de dois terços dos casos. Aqui no Brasil, no entanto, é mais difícil encontrar profissionais treinados em realizá-la. Peça informações ao seu obstetra. 

Professores de ioga podem recomendar posições e exercícios para tentar fazer o bebê virar. Mas sempre consulte seu obstetra antes de tentar essas terapias. 

Se o bebê não virar, a cesariana é obrigatória? 

O parto normal é possível, mas precisa ser realizado por um profissional experiente e é necessário que a mãe preencha alguns pré-requisitos (trabalho de parto espontâneo, bacia favorável e que não tenha cicatriz prévia de cesárea ou outra cirurgia uterina são alguns deles). Mulheres que já deram à luz por via vaginal têm mais chance de ter um parto normal bem-sucedido com o bebê sentado. Além disso, o bebê não deve ser grande demais (ter entre 2,5 e 3,5 kg) nem estar com o cordão umbilical enrolado no pescoço. 

Uma revisão recente das pesquisas sobre o assunto indicou que a via de parto mais segura no caso de bebês sentados é a cesariana. Mas cada caso deve ser avaliado isoladamente, e não há problemas em tentar o parto normal se o médico estiver de acordo. Existem obstetras que têm mais experiência nesse tipo de parto, e talvez valha a pena consultar um deles. 

Se seu bebê estiver sentado e você entrar em trabalho de parto prematuro, deve conversar com o médico para ver qual é a melhor opção. Embora as pesquisas não sejam conclusivas, há indicações de que o parto vaginal seja mais fácil com bebês prematuros que com bebês com mais de 37 semanas de gestação. 

A questão da segurança do parto vaginal para bebês sentados é polêmica e as opiniões ainda estão mudando. Teme-se que o excesso de cesarianas acabe fazendo com que a "arte" de ajudar um bebê vir ao mundo sentado, por parto normal, se perca, já que os médicos estão cada vez menos treinados para a manobra.

Técnicas de respiração para o trabalho de parto


Por que aprender a respirar? 

A respiração ajuda bastante no parto normal. Com a tensão da situação e das contrações, sua respiração pode ficar superficial e rápida. É uma reação normal, mas o corpo não aguenta muito tempo nesse estado. Quando você está em trabalho de parto, seu objetivo é poupar o máximo de energia possível, e dar ao bebê bastante oxigênio, afinal ele também está sob o estresse de nascer. Antigamente havia aquela história de respirar como cachorrinho. Você vai ver que não é bem assim. 

A respiração no trabalho de parto 

Quando você estiver em trabalho de parto, o essencial é manter o ritmo da respiração. Não deixe a inspiração ser mais rápida que a expiração. É inevitável, porém, que no meio de uma contração forte a respiração fique mais superficial, mais parecida com a tal do cachorrinho. Não há problema nisso, desde que ela não fique rápida demais, a ponto de você começar a se sentir mal, com formigamentos e tontura. 

Técnicas simples de respiração para o parto 

• Tente se concentrar na respiração, principalmente no ato de expirar. Ao soltar o ar, jogue para fora junto com ele toda a tensão do seu corpo. A inspiração acontece sozinha -- pense mais na expiração e no alívio da tensão. 

• Você pode experimentar contar. Quando inspirar, conte devagar até três ou quatro (ou o número que for mais confortável para você) e, quando expirar, conte de novo até o mesmo número. Talvez você perceba que é mais confortável inspirar contando 1, 2, 3 e expirar contando 1, 2, 3, 4. 

• Inspire pelo nariz e solte o ar pela boca. Deixe a boca relaxada ao expirar. Algumas mulheres acham que ajuda expirar fazendo algum tipo de som. Entre as contrações, tome golinhos bem pequenos de água para a boca não ficar muito seca. 

• Conte com a ajuda de seu companheiro. Concentre-se na respiração dele (ou de quem estiver acompanhando você no parto), olhando-o no olho. Ele pode segurar suas mãos ou colocar as mãos sobre seus ombros. Respirar juntos pode ser gratificante para vocês dois, nesse momento tão importante. A proximidade de alguém, e até o toque, porém, podem ficar irritantes para algumas mulheres na hora da dor. Só na hora é que você vai saber o que vai ajudá-la mais. 

Respirar e fazer força ao mesmo tempo 

Durante o segundo estágio do trabalho de parto, você vai fazer força para que o bebê saia. Para muitas mulheres é mais confortável prender a respiração para fazer força. Não há problema nenhum em fazer isso, mas tente concentrar a pressão do ar para baixo, na direção da vagina, e não na direção da garganta. A força deve ser "comprida", e não em "soquinhos", para ser mais eficiente. 

Talvez seja melhor respirar fundo quando você sentir uma contração chegando e então respirar ou expirar devagar, enquanto faz força. Se você tiver tomado uma anestesia peridural, pode ser que não sinta direito para onde está direcionando a força. Inspire com vontade quando o médico disser que está chegando uma contração e concentre-se na região onde está a cabeça do bebê, na hora de fazer força. 

Faça força quantas vezes você achar melhor em cada contração. Quatro ou cinco vezes em cada contração é uma boa média. 

Respirar sem fazer força 

De vez em quando, as mulheres sentem a necessidade de fazer força antes que o colo do útero esteja completamente dilatado. Se isso acontecer, seu médico vai pedir a você que não faça força por enquanto. Isso pode ser mais difícil do que parece! Divida a expiração em quatro "sopros", por exemplo, ou se concentre na frase "Não posso fazer força". Respire normalmente entre as contrações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário